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As perigosas tentações que espreitavam de todos os lados, para apanhar de surpresa o crente desprevenido, atacavam-no com redobrada violência nos dias de festas solenes.
Declínio e Queda do Império Romano,
Edward Gibbon
pindaro
No azul nocturno da paisagem, a estranheza da água despida do seu vulto.
Cartas de amor, letra a letra, para o espirito do lugar, para o desassossego da saudade.
Apanhar amores perdidos, como se apanham os peixes.
Preciso é fio de pesca.
D. Júlio
Il y a dans le coeur humain une génération perpétuelle de passions, en sorte que la ruine de l'une est presque toujours l'établissement d'une autre.
François de La Rochefoucauld
pindaro
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Ivo Pessoa
pindaro
À toutes les femmes qui se donnent en l´espace d´un regard, pas de slow pour moi...
Solino
A little learning is a dangerous thing;
Drink deep, or taste not the Pierian spring.
Alexander Pope
pindaro
Vem-me a vontade de matar em ti
toda a poesia
Tenho-te em garra; olhas-me apenas;
e ouço
No tato acelerar-se-me o sangue,
na arritmia
Que faz meu corpo vil querer
teu corpo moço
vinicius de moraes
Pindaro
«Logo a abrir, apareces-me pousada sobre o Tejo como uma cidade a navegar. Não me admiro: sempre que me sinto em alturas de abranger o mundo, no pico dum miradouro ou sentado numa nuvem, vejo-te em cidade-nave, barca com ruas e jardins por dentro e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há âncoras, há sereias. O convés, em praça larga com uma rosa dos ventos bordada no empedrado, tem a comandá-lo duas colunas saídas das águas que fazem guarda de honra à partida para o oceano. Ladeiam a proa ou figuram como tal, é a ideia que dão; um pouco atrás, está um rei-menino montado num cavalo verde a olhar, por entre elas, para o outro lado da Terra e a seus pés vêem-se nomes de navegadores e datas de descobrimentos anotados a basalto no terreiro batido pelo sol. Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando-o de tritões a cavalo de golfinhos. (...) »
José Cardoso Pires
pindaro
Car j'eusse avec ferveur baisé ton noble corps
Et depuis tes pieds frais jusqu'à tes noires tresses
Déroulé le trésor des profondes caresses.
Baudelaire
pindaro