terça-feira, setembro 16, 2008
Das paixões diagonais
Do que fala a madrugada
O murmúrio na calçada
Os silêncios de licor
Do que fala a nostalgia
De uma estrela fugidia
Falam de nós, meu amor
Do que sabem as vielas
E a memória das janelas
Ancoradas no sol-pôr
Do que sabem os cristais
Das paixões diagonais
Sabem de nós, meu amor
Porque volta esta tristeza
O destino à nossa mesa
O silêncio de um andor
Porque volta tudo ao mar
Mesmo sem ter de voltar
Voltam por nós, meu amor
Porque parte tudo um dia
O que nos lábios ardia
Até não sermos ninguém
Tudo é água que corre
De cada vez que nos morre
Nasce um pouco mais além
João Monge
pindaro
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