quinta-feira, fevereiro 09, 2012

O todo es un gran juego, Dios mío ?


























¿Qué se ama cuando se ama, mi Dios: la luz terrible de la vida
o la luz de la muerte? ¿Qué se busca, qué se halla, qué
es eso: amor? ¿Quien es? ¿La mujer con su hondura,
sus rosas, sus volcanes,
o este sol colorado que es mi sangre furiosa
cuando entro en ella hasta las últimas raíces?

¿O todo es un gran juego, Dios mío, y no hay mujer
ni nombre sino sólo cuerpo: el tuyo,
repartido en estrellas de hermosura, en partículas fugaces
de eternidad visible?

Me muero es esto, oh Dios, en esta guerra
de ir y venir entre ellas por las calles, de no poder amar
trescientas a la vez, porque estoy condenado siempre a una,
a esa una, a esa única que me diste en el vago paraíso.


Gonzalo Rojas

pindaro

2 comentários:

Albino M. disse...

O que é que se ama quando se ama, meu Deus, a luz terrível da vida
ou a da morte? O que é que se busca, o que é que se acha,
o que é que é isso, amor? É quem? A mulher com sua fundura,
suas rosas, seus vulcões,
ou este sol encarnado que é meu sangue furioso
quando nela entro até às últimas raízes?


Ou é tudo brincadeira, Deus meu, e não há mulher
nem nome mas corpo apenas, o teu,
repartido em estrelas de beleza, em partículas fugazes
de eternidade visível?


É isso, morro, ó Deus, nesta guerra
de ir e vir entre elas pela rua, de não poder amar
trezentas à uma, por estar condenado sempre a uma,
a essa uma, a única que me deste no vago paraíso.


(Trad. A.M.)

cortenaaldeia disse...

magnifico, meu Caro!
Abraços
ATorres