quarta-feira, março 28, 2012

Numa estátua de mim em corpo vivo






Converta-me a minha última magia
Numa estátua de mim em corpo vivo!
Morra quem sou, mas quem me fiz e havia,
Anônima presença que se beija,
Carne do meu abstrato amor cativo,
Seja a morte de mim em que revivo;
E tal qual fui, não sendo nada, eu seja!
 
fernando pessoa
 
pindaro

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