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Corte na aldeia
quarta-feira, julho 26, 2006
A pena precisa
"Neste mundo há muitas misérias que não são ignorâncias e não há ignorância que não seja miséria."
Padre António Vieira
pindaro
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"O que a voz não pode exprimir juntamente em diferentes lugares e a diversas pessoas em um mesmo tempo, o faz a escritura com grande perfeição..."
Francisco Roiz Lobo
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A arte de perder
Una margarita
Rumo com sentido
O sal
Un royaume d´attente et d´attention
O espaço e o tempo
Urdindo a grande teia
Humana ladradura
Debajo del agua mansa
A carícia que vaga
No breve espaço
O mar sem fim
Que o último seja o primeiro
Eternizar
Instantes
Salvo o ser mar
Coisas do mar
A treva é explícita
Áspides sequiosas
Alma liada
O espírito da coisa
Bilhetando Hilária
A pena precisa
Nada foi como queria, foi tudo como sou
Quero as sardas de Adalgisa
Com frutos e pecado
Mal canta o galo
A asa ritmada
E o navio em cima do mar
As palavras estão muito ditas
Tanto pior para ele
E ao grande vento
De onde provimos
A mais incerta barca
Foste tu quem nos veio namorar
Pó de amantes
Luar de Julho
Onda em formação
Os erros e acertos
Puro e salgado
Com uma letra e uma data
Uma amabilidade
O tempo, o adorno e o donaire
Em carícias de água
Você me dá água na boca
Um vento para longe
Da sua casa que é o rio
O amor de amar se cumpre
Rasga esses versos
Fere-lhes a rota curta
Hilária polpuda de sobrancelha sexy
Onde o tempo caminha...
Músicas magas de mi terra
Génio da noite
Só na sombra de o teres sido
Aonde a noite é mais forte
Toda a música é minha
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