sábado, novembro 24, 2007

Só para não dizer que não vim














Servir um acepipe um tudo nada sediço, mas condimentado com o saboroso perrexil dos afectos.

Não se trata de narcisização destemperada, pois estava a bom resguardo no escrínio onde descansam as provas de apreço e as lembranças dos meus gregotins literários.

A voz cariciosa impele, todavia, a titubeante pluma, esfarrapada por brutas intempéries, às suas garabulhas.

Os atavios, com enfeites de gala e festa, tombam, rajados pelo pico da maresia salina.

Vim, só para não dizer que não vim.

E também para dizer a ela , como o mestre diogo bernardes em o Lima:

“ Não te darei ouriços espinhosos, sabes, Ninfa, por quê? Porque receio que piquem esses teus dedos mimosos.”




D. Júlio

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