O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não sou meu, como serei teu, ou tu minha? Se não possuo o meu próprio ser, como possuirei um ser alheio? Se sou diferente daquele de quem sou idêntico, como serei idêntico daquele de quem sou diferente?
O amor é um misticismo que quer praticar-se, uma impossibilidade que só é sonhada como devendo ser realizada.
Bernardo Soares
pindaro
2 comentários:
muito boa as seleções textuais.
bem que vocês poderiam colocar as referências completas, pelo menos a página na qual eu posso encontrar este fragmento de bernardo soares.
até
No início, quando vim a esta casa, apesar de me agradar o jogo amante das palavras com as imagens, não me agradou o facto de as fotografias não terem referência ao autor, ao contrário das citações escritas. Isto porque considero as imagens e as palavras diferentes modos de expressão, mas de igual valor. Contudo, acabo por achar interessante, as citações sem todas aquelas referências, apenas a fundamental alusão ao autor. Creio que isso lhe dá um certo encanto. Mas indo ao encontro do que Giuliano Quase solicita, aqui fica a referência completa desta citação de Bernardo Soares, um outro de Pessoa :
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego , O RIO DA POSSE , Lisboa, Assírio
Alvim 2006, p.431
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