O teu amor infiltra-se no meu corpo Tal como o vinho se infiltra na água quando O vinho e a água se misturam. (in Poemas de Amor do Antigo Egipto)
pindaro
1 comentário:
Anónimo
disse...
Vivo en tu entraña, com un afán sin nombre que tu dominarás. Escúchame y comprende. En sus limbos mi alma quizá recuerde algo, y entonces en ti mismo mis sueños y deseos tendrán razón al fin, y habré vivido.
Luís Cernuda
( Talvez tenha uns erros ortográficos. Para não variar! Foi encontrado ao pé de uma lareira numa casa abandonada onde da janela lateral entrava uma luz doce e meio difusa pelo pó das vidraças que embaciaram com o tempo. Nessa casa encontrei muitas folhas de papel manuscritas, envelopes, fragmentos de cartas de amor com ousados arranques misturadas com os carvões e as cinzas, mas onde faltavam partes que foram devoradas pelo fogo para completar o sentido total do texto. Nesse lugar misterioso e meio perdido no tempo, encontrei também restos de fotografias antigas a preto e branco de mulheres nuas em poses sensuais, plumas pretas e vermelhas com a cor já debotada pelo tempo, pedaços de colares de pérolas, luvas de rede, frascos de perfume caídos e vazios, espelhos ovais cheios de pó e meio quebrados. Ainda consegui decifrar este pequeno poema numa folha que se misturava com as cinzas. No entanto, não sei se os assentos ortográficos eram dos carvões apagados que imprimiram uma marca ao pé das letras, se era do próprio lápis de carvão com que foram escritos os originais. Não sei. Não percebo muito bem esta língua vizinha. Nem mesmo a minha, para ser sincera. Fica porém o espírito, na dúvida da letra. Talvez os homens da Corte percebam e saibam corrigir).
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Vivo en tu entraña, com un afán sin nombre
que tu dominarás.
Escúchame y comprende.
En sus limbos mi alma quizá
recuerde algo,
y entonces en ti mismo mis sueños y deseos
tendrán razón al fin, y habré vivido.
Luís Cernuda
( Talvez tenha uns erros ortográficos. Para não variar! Foi encontrado ao pé de uma lareira numa casa abandonada onde da janela lateral entrava uma luz doce e meio difusa pelo pó das vidraças que embaciaram com o tempo. Nessa casa encontrei muitas folhas de papel manuscritas, envelopes, fragmentos de cartas de amor com ousados arranques misturadas com os carvões e as cinzas, mas onde faltavam partes que foram devoradas pelo fogo para completar o sentido total do texto. Nesse lugar misterioso e meio perdido no tempo, encontrei também restos de fotografias antigas a preto e branco de mulheres nuas em poses sensuais, plumas pretas e vermelhas com a cor já debotada pelo tempo, pedaços de colares de pérolas, luvas de rede, frascos de perfume caídos e vazios, espelhos ovais cheios de pó e meio quebrados. Ainda consegui decifrar este pequeno poema numa folha que se misturava com as cinzas. No entanto, não sei se os assentos ortográficos eram dos carvões apagados que imprimiram uma marca ao pé das letras, se era do próprio lápis de carvão com que foram escritos os originais. Não sei. Não percebo muito bem esta língua vizinha. Nem mesmo a minha, para ser sincera. Fica porém o espírito, na dúvida da letra. Talvez os homens da Corte percebam e saibam corrigir).
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