sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Penhor de guarda





Acalmei do poema das cinco da madrugada
Nas sílabas de furor de que te deixei toucada.
Agora espero-te: Vens
Por vinte e quatro horas de cravos de Nice, amor no aroma,
Intervalando as tuas Carnes Verdes,
Monte Escuro,
De mãos nas mãos no largo laço aéreo,
Meu focinho de nada,
Por nome: a Pérola de cultura do mistério.

À espera tens uma corrente chic
Como a cadela “Pura”
- Ah! essa, chic não ! –
Uma e outra porém para que fique
à argola a orelha de ambas,
Penhor de guarda à vinha viva
Do rabinho entre as pernas de ternura
E beijos de saliva

Como a cadela “Pura”.


Vitorino Nemésio

pindaro

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