"nas palavras lavo os panos tristes que ao fim de uma estação retêm agora a sensação dos dias, o lume dos passos.
Sinto que é um outro tempo, um outro jeito de dobrar esquinas, um outro modo de pisar a terra - é tudo isto comprimido num pulso, cingido nas veias como pequenas vozes mudadas em canção ao acordar do ano.
vem, vem comigo, neste magnífico nascimento, ouvir bater a espuma no cinzento das rochas, e deixar passar as horas como quem flutua à tona do tempo, inteiramente mergulhado no mundo - vem dormir sob o luminoso manto da lua cheia.
hei-de dizer-te um dia como se escolheu a cor do mar.”
1 comentário:
"nas palavras lavo os panos tristes
que ao fim de uma estação retêm agora
a sensação dos dias, o lume dos passos.
Sinto que é um outro tempo,
um outro jeito de dobrar esquinas,
um outro modo de pisar a terra
- é tudo isto comprimido num pulso,
cingido nas veias como pequenas vozes
mudadas em canção ao acordar do ano.
vem, vem comigo, neste magnífico nascimento,
ouvir bater a espuma no cinzento das rochas,
e deixar passar as horas como quem flutua
à tona do tempo, inteiramente mergulhado no mundo
- vem dormir sob o luminoso manto da lua cheia.
hei-de dizer-te um dia
como se escolheu a cor do mar.”
Vasco Gato, lua cheia
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