domingo, agosto 27, 2006
As ondas do tartáreo lume
Em veneno letífero nadando
No roto peito o coração me arqueja;
E ante meus olhos hórrido negreja
De morais aflições espesso bando;
Por ti, Marília, ardendo, e delirando
Entre as garras aspérrimas da Inveja,
Amaldiçoo Amor, que ri, e adeja
Pelos ares,cós Zéfiros brincando;
Recreia-se o traidor com meus clamores
-E meu cioso pranto... oh Jove, oh nume
Que vibras os coriscos vingadores!
Abafa as ondas do tartáreo lume,
Que para os que provocam teus furores
Tens inferno pior, tens o ciúme.
Bocage
pindaro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário