MAR! Tinhas um nome que ninguém temia:
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Eras um campo macio de lavrar
Ou qualquer sugestão que apetecia...
MAR! Tinhas um choro de quem sofre tanto
Que não pode calar-se, nem gritar,
- Nem aumentar nem sufocar o pranto...
MAR! Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro, a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!
MAR! Enganosa sereia rouca e triste!
Foste tu quem nos veio namorar,
E foste tu depois que nos traíste!
MAR! E quando terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!
miguel torga
pindaro
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