terça-feira, agosto 29, 2006

Nas águas da sombra






Longamente bebem
o silencio
nas próprias mãos.

O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.

Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.

Despem-se ao espelho
para entrarem

nas águas da sombra.

Eugénio de Andrade



pindaro

Sem comentários: