terça-feira, novembro 07, 2006

O silêncio






Dos corpos esgotados que silêncio
tão apaziguador se levantava!

(Tinha uma rosa triste nos cabelos,
uma sombra na túnica de luz...)

Para o fundo das almas caminhava,
devagar, o sonâmbulo silêncio.

(Que apertados anéis nos braços nus!)
Mas o silêncio vinha desprendê-los.



David Mourão-Ferreira



pindaro

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