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Cronicou Mallarmé pela moda, entre dois lances:
«Ces éttofes: qu'en faire? Avant tout des chefs-d'reuvre».
Sensível à color, muito mais à nuance,
não esqueceu Estefânio o fulgor e a verve
com que, funâmbulo, entregava ao poema
o espaço-silêncio que ao poema cabia.
Calar o excesso, circunspecto, é que eu queria!
Dar a ave-seu trajar e voar-por uma pena...
«Ce bleu si pâle à reflets d'opale,
qui enguirlande quelquefois les nuages argentés»
é lance que hoje não se faz, que já não vale.
A tristeza é que não há por lustro um Mallarmé...
Muito menos num país em que a nomenclatura
despe em trapos os nomes que a moda perpetua...
Alexandre O´Neill
pindaro
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