segunda-feira, junho 22, 2009

Nós parámos o tempo


























Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

Ary dos Santos


pindaro

1 comentário:

Unknown disse...

L’amour ne cesse pas de préparer sa propre disparition, de mimer sa rupture.

Gilles Deleuze