Se todo o ser ao vento abandonamos E sem medo nem dó nos destruímos, Se morremos em tudo o que sentimos E podemos cantar, é porque estamos Nus, em sangue, embalando a própria dor Em frente às madrugadas do amor. Quando a noite brilhar refloriremos E a alma beberá esse esplendor Prometido nas formas que perdemos.
1 comentário:
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a noite brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Enviar um comentário