"A ausência está para o amor como o vento para o fogo: apaga o pequeno, ateia o grande."
Os prazeres de amor são males que se fazem desejar, deslizantes como segredos, e a sua linguagem é a do fluxo das marés.
Coisas de naufrágios, portanto, onde se sentem bem os náufragos.
Um deles, Giovan Battista Marino, bem dizia:
“Ahi, ch´altro non risponde, che il mormorar de l´onde!”,
e uma outra, Ayn Rand, percebeu, nas luzes da noite, que ninguém consegue escapar à necessidade de uma filosofia e que a única variação é se sua filosofia é escolhida por si próprio ou pelo acaso...
Ressemantizadas as frases, do que se trata é de fingir de verdade, como uma luz de relâmpagos agrupados, sabendo que - outro náufrago, Scott Fitzgerald – toda a boa escrita é nadar debaixo de água com a respiração suspensa.
Afinal, quem mareou ao redor da ilha do dia antes, sabe que há pessoas que nunca se apaixonariam se não tivessem ouvido falar do amor...
solino
quinta-feira, agosto 18, 2005
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