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Corte na aldeia
quinta-feira, setembro 15, 2005
De limão e lua
Hilária ao entardecer,
sem vergonha
nas ondas.
Lavada e nua
Pelas ancas a espuma,
o sal a ostra salga
com sumos
de limão e lua.
Solino
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"O que a voz não pode exprimir juntamente em diferentes lugares e a diversas pessoas em um mesmo tempo, o faz a escritura com grande perfeição..."
Francisco Roiz Lobo
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Louvor da língua aprazível
Mate e brilhante
Pano cru rasgado
Faixa pregada ao desdém
Tudo quanto é, passa
O delito fica impune
Será de amor e de passagem
Cair verticalmente
Se alevanta
Não tentes responder
Uma benção estranha
No paladar de mudar mais se sente o gosto agudo
Taberna-tavolagem da Porta do Ferro
Um por um
É muito trabalhoso
Do Portugal antigo
O inconsciente imortal
Não o pretexto para uma pirueta
Tanto pior para ele
Transmissão do extraordinário
Pois logo a mim
Ultramundo
Coisas efémeras que nunca acabam
Pedra de sal
De limão e lua
HOTEL BRAGANÇA
Há duas maneiras
A mais crassa das imoralidades
A cada virtude corresponde um vício
Pede o desejo, Dama, que vos veja
Da bela vista e doce riso
Cambiador
Poisando nas tuas ancas
Le temps des cerises
Salada colectiva de vida
A sete chaves
Balsâmica e fulgente
Ópios de ócios
Campo macio
De ternura amarrotada
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