terça-feira, agosto 15, 2006
Curvas claras
Os navios existem, e existe o teu rosto
encostado ao rosto dos navios.
Sem nenhum destino flutuam nas cidades,
partem no vento, regressam nos rios.
As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.
Eugenio de Andrade
píndaro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário