segunda-feira, agosto 21, 2006

Sabe a brisa nua














Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.




Eugénio de Andrade



pindaro

Sem comentários: