domingo, janeiro 14, 2007
Em solidão, saudade e mar
Fui encontrar El-Rei D. Sebastião
Numa taberna, em frente do almoço.
Na mesa, a sopa, uma maçã, um pão
E um tinto a manchar o copo grosso.
Olhei-o com respeito e devoção:
Tinha, ainda, o perfil de um belo moço.
Vestia uma tee-shirt: nem gibão
Nem os folhos à volta do pescoço.
O que fazia ali? De onde viera?
Já brilhava uma luz de Primavera,
A tornar-lhe mais verde o verde olhar.
Como era tão vivo, tão presente!
Fui a beijar-lhe a mão. Mas, de repente,
Perdi-o em solidão, saudade e mar.
António Couto Viana
pindaro
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