segunda-feira, outubro 22, 2007

Em lascivos turbilhões de pecados








Venha, renda-se a mim,
Ouça e atenda ao meu chamado,
Sinta o meu cheiro,
Pleno de luxuria e desejo
E entregue-se à fúria da paixão.
Não adianta lutar, você não pode negar
O desejo ardente em eu ser.
Não há como se esconder ou fugir,
Você quer me amar, adorar e possuir,
Mesmo sabendo que irá se destruir,
Mas não pode e não quer evitar
Este desejo incontrolável, indomável, de vir
E se entregar, para em meu fogo se consumir.
Por mais medo que você tenha
Nada impedirá que eu venha e lhe possua,
Inclusive você até com isso sonha,
Embora não seja capaz de admitir
Desejar me tocar, me possuir.
Mas eu virei suas fantasias obscuras realizar,
No meio de uma noite escura,
Surpreendendo você em seu leito,
Usando e abusando de seu corpo
Ao meu bel-prazer,
Os seus sonhos de pureza e candura
Transformados em lascivos turbilhões de pecado e luxuria.
E, em troca do seu êxtase, toda a sua energia beberei
Para o meu deleite profano.
Após saciar minha sede, lhe abandono,
Deixando-o a sós com sua dor e pesar,
Delirando e conjeturando se tudo foi mera loucura,
Ou se realmente eu o visitei,
Vampirizando e abusando do seu corpo mortal.
Mas, confesse o quanto você gostou, se deleitou
E se excitou ao desfrutar do prazer carnal
Com uma demônia tão temível e irresistível como eu.

Thaís Andrade




pindaro

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