quinta-feira, fevereiro 11, 2010

A la niña oculta
























No solo el hoy fragante de tus ojos amo
sino a la niña oculta que allá dentro
mira la vastedad del mundo con redondo
azoro, y amo a la extraña gris que me recuerda
en un rincón del tiempo que el invierno
ampara. La multitud de ti, la fuga de tus horas,
amo tus mil imágenes en vuelo
como un bando de pájaros salvajes.
No solo tu domingo breve de delicias
sino también un viernes trágico, quien
sabe, y un sábado de triunfos y de glorias
que no veré yo nunca, pero alabo.
Niña y muchacha y joven ya mujer,
tu todas, colman mi corazón, y en paz las amo.


Eliseo Diego

pindaro

3 comentários:

olga disse...

À Beira da Ternura

Moro à beira da ternura, à beira do abismo,
Amar-te foi loucura e ter juízo.

Rio de sonho e lava percorri
com fúria de rasgar fronteiras
a vida condensada em teu regaço
prestes a inundar o meu deserto.

No tempo que foge
no espaço que resta
tu és o alimento
a festa
em meu tormento
o poema
debruçado
na aridez branca do meu corpo
o oásis
vislumbrado
na noite ressequida
a esperança
derramada
nas cinzas dos meus dias
o rio aberto
ao palpitar da vida,

Em ti
o tempo ganhou asas;
o espaço,
forma.

José Macedo Fernandes (André Moa)

Albino M. disse...

Não só o hoje fragrante de teus olhos amo
mas a menina oculta que lá dentro
olha a vastidão do mundo com redondo sobressalto,
e amo a estranha cinza que me lembra
num canto do tempo que o Inverno abriga.
A multidão de ti, a fuga de tuas horas,
amo tuas mil imagens em voo
como um bando de aves selvagens.
Não só teu domingo breve de delícias
mas também uma sexta trágica, quem sabe,
e um sábado de triunfos e glórias
que eu não verei nunca, mas louvo.
Menina e rapariga e jovem já mulher, tu todas,
encheis-me o coração e em paz vos amo.


http://ruadaspretas.blogspot.com/2010/02/eliseo-diego-cancao-para-todas-que-es.html

cortenaaldeia disse...

Muito a propósito, Albino M. É um prazer vê-lo por aqui. Passarei na belissima Rua das Pretas.
António T.