domingo, fevereiro 28, 2010
Sorrisos de esquecer
No teu olhar eu leio
Um lúbrico vagar.
Dorme no sonho de existir
E na ilusão de amar.
Tudo é nada, e tudo
Um sonho finge ser.
O espaço negro é mudo.
Dorme, e, ao adormecer,
Saibas do coração sorrir
Sorrisos de esquecer.
Dorme sobre o meu seio,
Sem mágoa nem amor...
No teu olhar eu leio
O íntimo torpor
De quem conhece o nada-ser
De vida e gozo e dor.
Fernando Pessoa
pindaro
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1 comentário:
Nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Ruy Belo
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