Sonha-me, meu ódio-amor,
Através do teu sonho volto à vida.
Passeia minha sombra e ilusão
Pelos mesmos caminhos, os antigos.
E sonha-me como se tornasses
No fulgor da carne
Tua primeira amante proibida
Sonha-me um novo sempre
Um rosto
Isento de crueldades e partidas.
Sonha-me tua.
Criança e esquecida da experiência humana
Hei de voltar à vida.
Hilda Hilst
pindaro
Através do teu sonho volto à vida.
Passeia minha sombra e ilusão
Pelos mesmos caminhos, os antigos.
E sonha-me como se tornasses
No fulgor da carne
Tua primeira amante proibida
Sonha-me um novo sempre
Um rosto
Isento de crueldades e partidas.
Sonha-me tua.
Criança e esquecida da experiência humana
Hei de voltar à vida.
Hilda Hilst
pindaro
1 comentário:
“Corpo de carne
Sobre um corpo de água.
Sonha-me a mim
Contigo debruçada
Sobre este corpo de rio.
Guarda-me solidão e nome
E vive o percurso
Do que corre
Jamais chegando ao fim.
Guarda esta tarde
E repõe sobre as águas
Teus navios. Pensa-me
Imensa, iluminada
Grande corpo de água
Grande rio
Esquecido de chagas e afogados.
Pensa-me rio.
Lavado e aquecido da tua carne."
Hilda Hilst
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