quinta-feira, maio 14, 2009

A ilha inaudita


















Como o que ao deixar a ilha inaudita
se exalta com o sonho que se propôs
na pérola ardente que o imita.

Carles Riba





Encontrava-se na situação daquele pescador de não sei que lenda árabe que, ao tentar afogar-se no meio do oceano, chega a um país submarino onde o fazem rei.

Tudo começa pela parte da ligação entre a noite e a sensualidade, e continua por aí fora nas histórias de correr fado até chegar à água, a da nossa memória, e à outra, a do mar.

A irmandade com o oceano é o sal que no-la dá.

A sua percentagem nele e em nós é a mesma, e que incessantemente assim tenha sido e que assim continuamente venha a ser é o salvo-conduto, o farol das fugidas dos ameaços de quem se governa como pode nas durezas dos amores.



Doutor Lívio

1 comentário:

Unknown disse...

Creio que também nos podia continuar a deliciar com as suas letras Doutor
Lívio.

" Pelos poderes de Hod consegue-se trazer tudo até nós - sedução e hipnotismo, usando as palavras que são engodo e anzol."

Miguel Gullander