sexta-feira, agosto 07, 2009

Canção de barco e olvido







Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares...

No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.

Mario Miranda Quintana



pindaro

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

« Navegar é preciso, viver não é preciso.»