sexta-feira, janeiro 09, 2009

O dia magnânimo



















Colada á tua boca a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões examino-te sófrega
Como se fosses morrer colado à minha boca.
Como se fosses nascer
E eu fosse o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer

Hilda Hist



pindaro

2 comentários:

Unknown disse...

O teu beijo o que é? Um lamber de chama...

Victor Hugo

Unknown disse...

Só agora percebi que não sei do teu rosto, mas que ainda assim, tive a sensação do beijo e do fulgor do olhos a darem a pontuação certa e a entoação funda e silenciosa a esse beijo...e que me pareceu sentir na pele a sensação de um tronco sólido e de uns braços ambiguamente ferozes e generosos num misterioso e meio selvagem enlace... e que quis ter a ilusão que escondias no bolso um diamante, precioso e resplandecente, de uma genuína dureza.

Esquece, o amor é uma ficção, feito de imagens mais ou menos abstractas, onde zonas de um negro sem detalhe se cruzam ou contrastam a luz e outras "pré – imagens" se sobrepõe aos fenómenos no seu aspecto visível e concreto.

Agora que a lua vai começar a perder a sua expressão plena, vou deixar-te por uns dias. Voltarei em breve pelo aniversário, ou uns dias antes, ainda não sei.

Talvez hoje (ontem), tivesse mesmo pisado o risco e violado as regras do jogo. Não resisti a escrever sem aspas, que é o mesmo que dizer: soltei o cabelo e tirei a gola alta, apesar de ainda não estarmos na Primavera e se fazer sentir um imenso frio lá fora. Para já não dizer, que fiz mais de um comentário. Desculpa. Há dias assim.