"...e dos sagrados touros Miuras que são catedrais da Inquisição para grandes bispos dominarem"
(jcp in delfim)
"É a propósito dos Palma Bravo, antigos senhores da Gafeira e da lagoa, que o narrador procura sensatas referências a tão grandes fidalgos na obra escrita pelo abade, «Dom Agostinho Saraiva, autor da Monografia do termo da Gafeira / Leiria Ano de MDCCCI» (p. 55).
A propósito dos Palma Bravo actuais, diz o narrador: «O próprio Dom Abade, se fosse vivo, poderia testemunhar que no reduto cristão onde me encontro também houve sempre um Palma Bravo a repartir com a família e os servos o pão da Natividade» (p. 120).
Imagina visões fantasmagóricas sugeridas pela leitura da Monografia: «Quando cair a noite começarão a desfilar por entre as árvores as almas bêbadas dos Palma Bravo, couteiros reais saídos das páginas do abade Agostinho Saraiva, falcoeiros, monteiros-mores e sociedade» (p. 130).
O snobismo de Tomás Manuel leva o narrador a recordar-se do estribilho de certa canção que não conseguimos identificar: «com muita pena, se comportava como um snob que eu cá sabia tirado de uma velha cançoneta francesa. "Je suis snob, je suis snob..."» (p. 197).
A música cresce: «uma música perdida começa a rolar dentro de mim:
Je suis snob
et quand je serais mort
je veux un sudaire de chez Dior...» (p. 197)."
josé leon de machado - 1993
pindaro
terça-feira, abril 26, 2005
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