domingo, abril 17, 2005

Cravação fechada

“A esmeralda é uma pedra frágil que se quebra com facilidade, como a fé”
Catarina de Médicis




A regra só pode ser esta:
os lapidários lapidarão e os ourives engastarão.

E elas, as de cabelo asa de corvo e olhos pretos, usem de primazia, na cercadura dos brincos, a prata branca.


Com vistas para o realce.

Ponham, por cima, camisa aberta e cor de canela, que entraves raianos não molham beijos,


Sabendo que reais são os méis e adulações no estreito das embocaduras, maiormente da do fremente limo voraz.

E, por cima de tudo, a destapar as pernas quase todas, que a seda preta, ávida de regard, mostre a sua solidão furtiva entre a saia e a carne nua.



Marcando territórios, os lobos florescem.







À Ana, bela à noite.

Doutor Lívio

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