terça-feira, abril 12, 2005

A cortar o vento

Era bom que os espelhos reflectissem antes de nos devolverem as imagens.
( Jean Cocteau)




Tributo ao romance

"Mas se os homens – Charles Rolls e Henry Royce – acabaram por ser ultrapassados pela sua obra, hoje a imagem da marca, um ícone da história do automóvel, é a estatueta que parece querer saltar do vértice da grelha dos automóveis que produz.

Este tipo de adorno, muito comum nos automóveis da primeira década do século passado, é muitas vezes confundido com a estátua Vitória de Samotrácia que recebe os visitantes do museu do Louvre.

No entanto, foi encomendada ao (até aí quase anónimo) escultor britânico Charles Sykes por Lord Montague, que pretendia algo de especial para distinguir o Rolls Royce que encomendara.

O modelo para esta estatueta foi Eleonor Thorton, a secretária e – diz-se – amante do aristocrata, que queria ver a imagem da sua amada cortar o vento ao som do motor do seu novo automóvel.

A estatueta recebeu o nome de Spirit of Ecstasy (Espírito do Êxtase), e o escultor acabou por ceder os seus direitos à Rolls Royce com a condição de ser apenas ele a produzir os exemplares necessários.

Viviam-se os anos de ouro de uma marca que, em 1914, também começou a construir motores para aviões. A Rolls Royce vivia na posperidade e, em 1931, adquiriu a Bentley, que havia caído na ruína."



automotor

píndaro

Sem comentários: